DIU: solução para abandonar a pílula
Esquecidos por um tempo, os dispositivos intra-uterino vem ganhando o foco recentemente, principalmente o DIU de cobre, para aquelas mulheres que querem deixar de tomar a pílula anticoncepcional, devidos aos seus efeitos colaterais e buscam uma alternativa livre hormônios.
O DIU é um método anticoncepcional efetivo, de longa duração, em forma similar a um T, que é introduzido no útero através do canal cervical pelo ginecologista com variação de durabilidade entre 5 a 10 anos, dependendo do tipo.
Existem dois tipos de DIU:
- Não hormonal
- Hormonal
DIU não hormonal: DIU de Cobre
O material deste dispositivo é feito de cobre, que tem função inflamatória local e espermicida, tornando o útero um ambiente inóspito para a fecundação. Com esse método, o ciclo menstrual se mantém com todas as fases, não há interferência hormonal no organismo e tem durabilidade de 10 anos em média.
O DIU de cobre pode aumentar o fluxo menstrual e causar irregularidades no ciclo, assim como o aumento de cólicas. No entanto, esses efeitos não ocorrem em todas as mulheres.
DIU hormonal
No Brasil, temos o Mirena disponível, que causa uma liberação de baixa dose de progestágeno local. Essa substancia deixa o muco cervical mais espesso, se tornando uma barreira ao espermatozoide e em algumas mulheres, evita a ovulação, podendo ter o fluxo menstrual escasso ou até cessar completamente a menstruação. Tem durabilidade de 5 anos.
Vantagens do dispositivo intra-uterino:
- É um método eficaz, com segurança prática superior à pílula;
- Não precisa de manutenção ou troca mensal ou diária;
- Por ser um método de longa duração, se torna uma economia quando comparados aos métodos de uso diário ou periódico;
- Pode ser introduzido no consultório médico;
- Pode ser utilizado por quem nunca engravidou;
- Pode ser colocado imediatamente após o parto e não contra-indica amamentação;
- Retorno a fecundação imediatamente após a retirada;
- Anticoncepção iniciada imediatamente após a introdução.
Quem não pode usar o DIU?
De acordo com a Organização Mundial de Saúde quem não é rigorosamente elegível ao método são as mulheres que se enquadram na categoria 4, ou seja, apresentam algumas das condições a seguir:
- Gravidez confirmada ou suspeita;
- Infecção pós-parto ou pós-aborto;
- Doença inflamatória pélvica (DIP) atual ou recente (nos últimos três meses);
- Cervicite purulenta;
- Sangramento genital de natureza desconhecida;
- Tuberculose pélvica;
- Antecedente de episódios de DIP repetidos; câncer genital ou pélvico;
- Alterações anatômicas do útero que possam comprometer o correto posicionamento do DIU
DIU de cobre X Mirena:
DIU DE COBRE | MIRENA |
Duração de 10 anos | Duração de 5 anos |
Não causa efeitos colaterais relacionados ao uso de hormônios | Reduz (ou cessa) fluxo menstrual e cólicas |
Pode aumentar o fluxo menstrual e cólicas | Pode causar cefaleia, náuseas, peso nas mamas e retenção hídrica. |
Riscos associados
Os riscos associados são raros, mas quando presentes, podem ser:
- Perfuração uterina (raro)
- Expulsão do DIU
- Sangramento irregular (mais comum nos primeiros 3 – 5 meses)
- Gravidez ectópica
Para a introdução do dispositivo intra-uterino é necessário exame ginecológico normal; colpocitologia oncótica sem alterações; ausência de vaginites e cervicites, doença inflamatória pélvica aguda ou crônica, malformações uterinas, tumores pélvicos ou câncer genital; ausência de cardiopatias, doenças hematológicas, especialmente as hemorrágicas, deficiências imunológicas e não estar grávida.
Habitualmente, a inserção não exige uso anestesia. Pode ser usada uma dose de um bom analgésico oral, uma hora antes do procedimento, o que o torna mais bem tolerável. É comum as pacientes acusarem discretas cólicas nos primeiros dias após a inserção do DIU, que pode ser resolvido por meio de anti-inflamatórios oral.
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