Uma dieta low carb significa na tradução literal baixa em carboidratos. Também pode ser chamada de low carb high/healthy fat (LCHF), que significa baixa em caorboidratos e alta em gorduras, ou baixa em carboidratos e com gorduras saudáveis. Mas uma dieta low carb não é uma dieta da proteína, tão pouco é uma dieta sem carboidratos. Então, vamos conceituar o que seria “baixo carboidrato”.
Uma alimentação com base na pirâmide alimentar (ou com base em alimentos processados) representam cerca 55% a 70% das calorias diárias, as gorduras 25% e 30%, enquanto as proteínas representam cerca de 12% a 15%. Na dieta low carb, a quantidade de carboidratos pode variar de 15% a 40%, no entanto, não é a partir de grãos, pães e massas. Essa é a grande questão e o motivo para a dieta low carb ser eficiente para o emagrecimento, para a manutenção do humor, da energia, para controle do apetite, redução de perfil inflamatório, controle de diabetes e síndrome metabólica.
Durante décadas, nos disseram que a gordura é prejudicial para a nossa saúde, seguindo uma premissa não verdadeira de que consumir gorduras nos tornaríamos gordos e que consumir alimentos ricos em colesterol causaria elevação das taxas de colesterol. Com isso, os produtos de “dieta” com baixo teor de gordura, muitas vezes cheios de açúcar, inundaram prateleiras de supermercados, perpetuando o ciclo da fome, suportado pelas recomendações de comer em 3 em 3 horas para manter o metabolismo ativo.
Avaliando a saúde global, parece que essa proposta não cumpre o prometido. Mesmo com baixos índices de gordura na dieta, a população não emagreceu, não houve controle dos níveis de colesterol e o metabolismo… parece cada vez mais lento. Na verdade, esse foi um grande erro, que coincidiu com o início da epidemia de obesidade e as doenças crônicas que a acompanham.
Em uma dieta baixa em carboidratos, você minimiza a ingestão de açúcar e amidos. Você pode comer outros alimentos deliciosos até ficar satisfeito, sem a necessidade de contar calorias, você só precisa estar atento às suas escolhas.
Como funciona?
Quando você evita o açúcar e os amidos, seu açúcar no sangue se estabiliza e a secreção de insulina, hormônio que controla o armazenamento de gordura no corpo também fica estabilizada. Isso aumenta a queima de gordura, faz você se sentir mais saciado, reduzindo a ingestão de alimentos e causando perda de peso.
O que não comer?
- Açúcar e amidos: Refrigerantes, sucos de frutas, agave, doces, alimentos preparados com farináceos em geral, batatas.
- Grãos e cereais: Arroz, soja, trigo, incluindo pão, biscoitos e massas.
- Óleos vegetais: Soja, girassol, milho, canola.
O que comer?
- Proteínas: Carnes de todos os tipos e ovos.
- Vegetais: Todos os tipos: espinafre, brócolis, couve-flor, abobrinha, nabo, repolho, berinjela, pepino, palmito, cogumelos… Não inclui leguminosas (feijões, grão de bico, lentilha…) e tubérculos (batatas, inhame, aipim…)
- Oleaginosas: Amêndoas, castanhas, nozes… Cuidado com o amendoim, que é uma leguminosa e não uma oleaginosa.
- Laticínios gordurosos (para quem tolera!): Queijos amarelos duros (curado, parmesão, provolone, gran padano…) iogurte integral sem açúcar, manteiga (margarina não!), kefir, creme de leite.
- Gorduras: Banha de porco, óleo de coco, manteiga, azeite.